Até o momento o requerimento conta apenas com quatro assinaturas
Por Warnoldo Maia de Freitas
O deputado Álvaro Campelo (PP), conhecido pelo trabalho realizado na Comissão de Defesa do Consumidor da Câmara Municipal de Manaus (CMM), está enfrentado dificuldades para instalar a Comissão Parlamentar de Inquérito dos Combustíveis na Assembleia Legislativa do Estado (ALEAM) e passar a limpo as denúncias de prática de cartelização de preços no Amazonas, particularmente em Manaus.
Estreante no parlamento estadual, Álvaro precisa de pelo menos oito assinaturas para tirar a CPI do papel. Mas, até a quinta-feira, 14, além da dele, o requerimento só contava com o apoio de Serafim Corrêa (PSB), Wilker Barreto (PHS) e Dermilson Chagas (PP).
"O que nós queremos é abrir essa caixa-preta do comércio de combustíveis no Amazonas, porque, nos últimos anos, uma constante e alinhada gangorra de preços se instalou no estado, gerando prejuízos diversos, para consumidores e comerciantes de vários ramos", destaca Álvaro.
Segundo ele, tanto no interior quanto na capital o que se vê é uma constante oscilação injustificada nos valores praticados pelos proprietários dos postos de combustíveis, que majoram e reduzem simultaneamente seus preços em diversos pontos de venda no Amazonas, gerando, além de impacto em toda a economia da região, irreparável aflição a todos os consumidores, porque os combustíveis são considerados essenciais.
Acomodação ou lobby?
Os mais experientes destacam que essa “acomodação” dos parlamentares é comum no início de uma nova legislatura, porque a maioria ainda sabe qual o caminho, qual a melhor conduta a ser adotada para o efetivo cumprimento do mandato.
Já os mais céticos acreditam que, dificilmente, Álvaro conseguirá sensibilizar os seus pares para a necessidade de se apurar se há ou não a prática de cartel na comercialização dos combustíveis no Amazonas, porque não tem a força necessária para enfrentar o poderoso cartel do setor.