Braga e David podem ser beneficiados com briga de Amazonino, Omar e Arthur, revelam or?culos

 

A briga que vem sendo travada pelo governador Amazonino Mendes (PDT) com o senador Omar Aziz e o prefeito de Manaus, Arthur Neto (PSDB), aliados da eleição de agosto de 2017, “poderá colocar a disputa pelo Governo do Estado no colo do também senador Eduardo Braga (MDB), que deverá ter Silas Câmara (PRB) como vice, ou do presidente da Assembleia Legislativa do Estado (ALEAM), deputado David Almeida, que deverá anunciar sua filiação ao PSB nesta terça-feira, dia 20”, caso não concorra.

 

Quem garante são os oráculos dos Katuquinas e dos Shanenawa, que preveem uma eleição diferente de todas as outras já disputadas e lembram que o vice-prefeito de Manaus, Marcos Rotta (PSDB), está acompanhando atentamente todo o processo na esperança de ver Arthur Neto cumprir o compromisso firmado, de apoiá-lo para o governo caso decida, mesmo, não disputar o comando do Legislativo estadual ou o senado, em outubro.

 

Depois de consultarem as sete estrelas, as contas e os pajés, para avaliar o humor dos maus espíritos da política baré, os oráculos lembram que os acordos e os compromissos são feitos para serem cumpridos, “menos no Amazonas, é claro”, e devido a esse pequeno detalhe muitas emoções ainda vão ser sentidas no tabuleiro político, até os 30 minutos da prorrogação, que promete ser marcada pelas queixas de pernadas e trairagens.

 

“O governador Amazonino dá sinais de preocupação com a trairagem dos seus mininos, percebida pela movimentação de Omar e Arthur e poderá, em represália a essas manobras, a essa conspiração urdida contra ele, apoiar a candidatura do Braga, caso resolva não concorrer à reeleição, o que é muito pouco provável, diante das movimentações do chefe do Executivo estadual”, argumentam os oráculos dos Katuquinhas.

 

Já os dos Shanenawas destacam que, “escaldados”, Marcos Rotta, que é afilhado político de Omar, e David Almeida, preterido pelo senador na eleição suplementar de 2017, são os únicos que despontam no cenário político com capacidade de conquistar os votos de mais de um milhão de eleitores  insatisfeitos, porque representam, verdadeiramente, o novo, particularmente o presidente da ALEAM, que, apesar de ser um político jovem, já mostrou personalidade e já foi muito longe para voltar atrás e não querer mais disputar a eleição majoritária.

 

Atualizados, os oráculos garantem que a “Terceira Via” anunciada no último fim de semana, reunindo os representantes de seis partidos – Avante, PSL, PMN, PPL, PMB e o Patriota -, deverá mesmo caminhar com apenas quatro agremiações, porque tanto o Avante quanto o PSL deverão seguir com David Almeida, que não abre mão de disputar o Governo do Estado para poder fazer tudo aquilo que não conseguiu em apenas cinco meses do seu governo interino.

 

 

De acordo com os oráculos do povo da onça e do pássaro azul, alimentados pelas águas do rio Bia, na região do Jutaí, tudo ainda é muito incerto, mas alguns sinais, já identificados nas nuvens atrás dos montes, revelam que, no tabuleiro de Amazonino Mendes despontam, prontos para jogar, o deputado Federal Alfredo Nascimento (PR), que sonha em voltar a ser senador, e Rebeca Garcia (PP), que deverá ser cooptada na prorrogação para disputar a segunda vaga para o Senado “e deixar o David Almeida chupando o dedo junto com o Serafim Corrêa (PSB)”.

 

“Podem esperar para ver. Eles estão falando, eles estão dizendo: O Alfredo e o Marcelo vão atuar nessa eleição fazendo o conhecido estilo de aposição, atuando na chamada segunda linha de combate”, revelam.

 

Segundo eles, “o Marcelo Ramos já foi visto, após o lançamento da sua candidatura a deputado federal, comendo tucumã lá pelas bandas do Tarumã. “Difícil. Difícil dizer se foi ele quem comprou ou se o tucumã servido ainda era da safra que o Alfredo levou para iniciar o acerto”, argumentam os oráculos, destacando que as nuvens pesadas geralmente registradas na região do Tarumã dificultam as análises.

 

 

Entre os oráculos de plantão há quem diga que o prefeito Arthur Neto (PSDB) não será candidato a nada e após a eleição terá o apoio do PDT, MDB, PP, PR e até mesmo do PT para ser ministro de quem quer que seja o presidente.

 

Mas, os oráculos mais passados na casca do alho não acreditam em tal possibilidade e destacam que Arthur Neto não tem a menor chance, a menor possibilidade de ser ministro, porque está queimado em Brasília, onde “é visto como instável e desequilibrado” e também “já não conta nem mesmo com o apoio dos tucanos”.

 

Há ainda quem diga que a incógnita dessa eleição continua sendo, mesmo, Arthur Neto, porque ele já deixou claro, no início dos trabalhos deste ano na Câmara Municipal de Manaus (CMM), que não pretende disputar mais nenhum cargo no Amazonas, mas não convenceu muitos profissionais do voto, que lembram que “no Amazonas não se pode levar muito a sério o que sai da boca dos políticos” e destacam que “o Arthur é imprevisível”.

 

Dizem que Arthur está repetindo a mesma estratégia adotada pelo ex-governador José Melo (PROS), preso sob suspeita de prática de condutas vedadas, que disse logo após vencer o pleito de 2014 que não iria mais concorrer a nenhum cargo eletivo, mas nos bastidores demonstra elevada animação com a possibilidade de retornar ao Senado da República.

 

Há quem diga, ainda, que Arthur quer encerrar sua carreira política como senador e vingar-se de Vanessa Grazziotin, que conseguiu derrotá-lo nas eleições de 2010 com o apoio do então governador Eduardo Braga e do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

 

 

Para alguns oráculos, a participação do deputado federal Silas Câmara (PRB) nessa disputa parece ter se tornado ainda mais improvável a partir da sua segunda condenação e cassação dos seus direitos políticos por oito anos pela Justiça Federal do Acre.

 

Nos bastidores as conversas revelam que Alfredo Nascimento (PR) e Pauderney Avelino (DEM), que juntamente com Silas Câmara – considerado fora do páreo – aliaram-se ao senador Omar Aziz (PSD) para eleger José Melo (PROS), estão “com as barbas de molho”, porque sentem que suas chances diminuem a cada dia.

 

De acordo com os bem relacionados com o poder, resta esperar para ver quem serão “os ungidos” para compor a chapa majoritária do governador Amazonino Mendes (PDT) e do senador Omar Aziz (PSD), considerados, no momento, os principais pré-candidatos ao governo do Amazonas nas eleições de outubro.

 

A saída é esperar o avançar das águas por debaixo das pontes que ainda estão sendo construídas, porque se nem mesmo os oráculos conseguem se entender nesse momento de pré-candidaturas imagine os “simples mortais” que vão ser levados a eleger novos representantes.

 

Mas, mesmo diante de tantas incertezas os profissionais do voto não devem esquecer que mais de um milhão de eleitores insatisfeitos estão acompanhando de perto esse processo e a maioria já têm consciência de que pode mudar qualquer quadro. Portanto, cabe aos mais sensatos usar com sabedoria o fio de Ariadne para conduzir e retirar do labirinto da escuridão milhares de cidadãos que anseiam por dias melhores e por um futuro sem corrupção para os seus filhos e netos.