Desenvolvimento integrado da Amaz?nia precisa sair do papel, afirma David Almeida

 

O governador interino do Amazonas, David Almeida, afirmou na quinta-feira, 10, em Cuiabá (MT), durante o Fórum de Governadores, que o desenvolvimento integrado da Amazônia precisa sair do papel e a Amazônia Legal deixar de ser considerada e apontada como prioridade apenas nos discursos.

 

Ao dar o seu recado para os governadores da Amazônia Legal, David Almeida lembrou que a Amazônia “tem plenas condições de ser uma alternativa concreta de desenvolvimento para o Brasil”, mas precisa do apoio do Governo Federal. 

 

“É preciso defender o desenvolvimento integrado da Amazônia, bem como a integração com o restante do Brasil. Mas, para isso, questões cruciais como, por exemplo, de logística, precisam ser priorizadas”, argumentou.

 

O governador apontou a conclusão da BR-319 como uma dessas questões e lembrou que ao longo dos anos o Governo Federal tem deixado de reconhecer que a rodovia é um eixo de integração regional que pode ajudar muito no desenvolvimento da região. 

 

“A estrada ajuda a integrar diretamente pelo menos três estados: Amazonas, Roraima e Rondônia, além de ser a porta de saída para a integração com o restante do país”, disse.

 

David Almeida lembrou, ainda, que a Zona Franca de Manaus, que é um dos mais importantes polos industriais do país, não possui uma via terrestre de escoamento para o seu mercado consumidor, por conta da falta de sensibilidade do governo brasileiro. 

 

Segundo ele, por ter uma grande importância econômica na Amazônia, a ZFM merecia ser tratada de outra forma, porque, além  da questão ambiental, o polo industrial de Manaus é importante  para a soberania do País. 

 

Segundo David, é necessário dar à Amazônia a importância que ela realmente tem, viabilizando o aproveitamento sustentado do  potencial existente na região, as suas riquezas minerais, os produtos da floresta e as belezas naturais.

 

“A Amazônia Legal é constituída por nove estados e representa 61% do território nacional”, destacou, defendendo, ainda, o reforço da vigilância nas fronteiras para combater o narcotráfico e a biopirataria.