Manaus, 25 de Abril de 2024

Jogaram o Omar pra fora da canoa? H? quem acredite que tudo n?o passa de um grande plano

Política | 14/07/2018 - 18:10
Foto: Arte manausolimpica
Amazonino e Arthur ensaiam resgate da “Ação Conjunta”, às vésperas das eleições, para conquistar o eleitor, que anda insatisfeito e é imprevisível

Por Warnoldo Maia de Freitas
 
A julgar pela manifestação pública de apreço e de admiração do governador Amazonino Mendes (PDT) ao prefeito de Manaus, Arthur Neto (PSDB), na noite da sexta-feira, 13, durante as comemorações dos 40 anos de vida pública do chefe do Executivo municipal, acabou prevalecendo o amor na relação de ódio e desamor registrada nos últimos meses entre os dois caciques amazonenses.
 
Logo, na noite da sexta-feira, 13, quem deu azar, mesmo, foi o senador Omar Aziz (PDT), pré-candidato ao governo do Amazonas nas eleições gerais de outubro deste ano, porque, com o casamento político de Amazonino e Arthur, ele acabou jogado pra fora da canoa e não poderá contar com o apoio das duas máquinas – governo e prefeitura – na disputa pelo governo do Amazonas.
 
Sem forças
 
Dizem que, sozinho, contando apenas com o apoio da Suframa, Omar Aziz, que patina nas pesquisas de intenção de voto, não contará com o “gás” necessário para fazer frente às duas máquinas governistas e, principalmente, ao seu pai político, Amazonino Mendes, que deverá concorrer à reeleição tendo, o atual vice-prefeito, Marcos Rotta (PSDB), provavelmente, na chapa como vice-governador.
 
Os mais otimistas destacam que o imponderável sempre marca presença na política e por essa razão acreditam que nem tudo está perdido para os outros candidatos, que passam a contar mais do que nunca com aquela parcela insatisfeita do eleitorado para fazer frente ao poder econômico da chapa governista como, por exemplo, o deputado estadual e presidente da ALEAM, David Almeida (PSB), “que corre por fora”.
 
Já os mais céticos garantem que tudo faz parte de um grande plano, de uma grande estratégia, que estaria sendo colocada em prática para desviar as atenções nesse comento que antecede o período das convenções partidárias, e que lá na frente Arthur Neto acabará optando por caminhar com a chapa de Omar Aziz.
 
Entretanto, os bem informados lembram que Arthur não poderá, simplesmente, “tirar proveito do amor de Amazonino”, porque, apesar de demonstrar querer ressuscitar a “Ação conjunta”, o Governo do Estado não fez convênio com a Prefeitura de Manaus para a recuperação das ruas da cidade. 
 
Conhecedor dos “humores da política e dos políticos amazonenses", o governador passou para a Secretaria de Infraestrutura do Estado, a SEINFRA, o comando, a administração dos R$ 148 milhões que deverão ser utilizados nessas obras.
 
Quer dizer, permanecendo a relação “de amor” entre Governo e Prefeitura, com os acordos firmados sendo cumpridos sem problemas, Arthur Neto indicará as ruas, fará o planejamento das ações que deverão ser executadas na capital, mas a chave do cofre ficará nas mãos de Amazonino Mendes. 
 
Com as duas máquinas trabalhando por uma candidatura as chapas adversárias deverão enfrentar maiores dificuldades para despontar no cenário e conquistar o voto salvador do eleitor, porque o eleitor, como todo mundo sabe, insatisfeito como têm mostrado as últimas eleições, é imprevisível.
 
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