Manaus, 25 de Abril de 2024

Omar diz que rompeu com Amazonino porque ?ele prometeu arrumar a casa e n?o cumpriu?

Omar diz que rompeu com Amazonino porque ?ele prometeu arrumar a casa e n?o cumpriu? Candidato destaca que se nada for feito ?vamos perder a Zona Franca de Manaus em dez anos?

Política | 21/08/2018 - 09:30
Foto: Assessoria de Imprensa

Omar Aziz


Candidato destaca que se nada for feito “vamos perder a Zona Franca de Manaus em dez anos”

Por Warnoldo Maia de Freitas
 
O senador Omar Aziz, candidato ao governo do Amazonas pelo PSD, revelou na manhã desta terça-feira, 21, durante entrevista no programa “Manhã de Notícias”, da Rede Tiradentes, que rompeu com o governador Amazonino Mendes (PDT), a quem ajudou a eleger em 2017, porque “ele prometeu arrumar a casa, mas a casa de ninguém foi arrumada neste estado”.
 
Omar também fez questão de destacar que se ninguém fizer nada “vamos perder a Zona Franca de Manaus em dez anos”, porque o modelo está ameaçado pelos avanços da automação e da tecnologia 4.0, que reduzem de forma considerável os empregos nas linhas de montagem e elevam a produção industrial.
 
Gargalos
 
Ao falar sobre os principais gargalos enfrentados hoje pelo modelo Zona Franca de Manaus, que foi criado em fevereiro de 1967, Omar apontou a falta de logística, de portos e aeroportos para agilizar a chegada dos insumos importados utilizados pelas indústrias e o escoamento da produção.
 
Omar disse, ainda, que a inexistência de local adequado ao  armazenamento de insumos importados compromete a competividade dos produtos made in ZFM, porque, atualmente, as cargas ficam, em média, 20 dias nos armazéns da Receita Federal e as empresas acabam sendo obrigadas a pagar praticamente o mesmo valor dos produtos comprados em taxas alfandegárias. 
 
Compromisso não cumprido
 
Ao explicar as razões do seu rompimento político com Amazonino Mendes, Omar fez questão de destacar que o governador “tinha o compromisso de organizar o estado, mas não fez nada e a desorganização chegou ao seu limite”, particularmente na área da saúde e da segurança pública, onde os índices de violência não param de crescer, deixando a população preocupada.
 
O candidato do PSD também condenou a “cultura da improvisação” de Amazonino Mendes, que, preso a velhos hábitos, ainda acredita ser possível enganar a população o tempo todo, colocando em prática medidas paliativas, que não servem para resolver os principais problemas registrados no estado.
 
Segundo Omar Aziz, ao invés de cumprir as suas obrigações e administrar o Estado com seriedade, otimizando os recursos disponíveis e priorizando suas ações, Amazonino insiste em “realizar obras eleitoreiras e fictícias”, com o único “objetivo de cooptar políticos e a população”.
 
“O alegado excesso de arrecadação não existe e as obras de Amazonino Mendes são todas eleitoreiras e fictícias, disse ele, destacando que “Amazonino precisa entender que com improvisos não se resolve mais nada nos tempos modernos”.
 
De olho nos advogados
 
De olho nos votos dos mais de 13 mil votos dos advogados do Amazonas e dos seus familiares, Omar também criticou a postura de Amazonino Mendes, que optou mais uma vez pela contratação do jurista Ives Gandra Martins, professor emérito da Universidade Mackenzie e da Escola de Comando e Estado Maior do Exército (Eceme), para defender os interesses da ZFM.
 
“Será que no Amazonas não há ninguém, nenhum advogado capaz de defender a Zona Franca de Manaus?”, questionou.
 
Omar classificou de arcaica a conduta de Amazonino Mendes, de sair de Manaus para contratar advogados, e disse que a iniciativa representava um flagrante desrespeito aos advogados do Amazonas.
 
“Não necessariamente você tem que procurar alguém de fora. Temos bons advogados com conhecimento sobre a ZFM e questões tributaristas”, frisou.
 
Segurança pública
 
O mesmo argumento foi utilizado por Omar para criticar o governo pela contratação e pagamento de R$ 5 milhões por uma consultoria na área da segurança pública a empresa do ex-prefeito de Nova Iorque, Rudolph Giuliani.
 
“Este governo não respeita ninguém. A Polícia Militar também tem muita gente boa, muitos profissionais capacitados para desenvolver suas atividades na área da segurança pública”, argumentou.
 
Segundo Omar, na área da segurança pública “não há salvador da pátria”, o que há “é autoridade que este governo perdeu e não recupera mais”.
 
“O que há é um desrespeito total. Este governo não tem programa, o que tem são mensagens subjetivas que não resolvem nada”, completou.
 
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