Rebeca, Jos? Ricardo e David Almeida devem caminhar juntos em 2018

 

Faltando praticamente dez meses para o pleito de 2018, quando vão ser disputas as eleições majoritárias – Senado e Governo do Estado – e proporcionais, para a escolha de oito deputados federais e 24 estaduais, as “costuras” políticas já estão em andamento e indicam a possibilidade de reunir Rebeca Garcia (PP), José Ricardo (PT) e David Almeida, que deverá ingressar no PSB em março, em uma chapa.

 

Oficialmente ninguém fala nada, mas nos bastidores os comentários correm soltos e revelam a realização de conversas entre as partes, para definir quem vai enfrentar o governador Amazonino Mendes (PDT), que deverá buscar a reeleição, rasgando os acordos da eleição suplementar realizada com o objetivo de substituir José Melo (PROS), cassado por compra de votos no pleito de 2014.

 

“Rebeca, Zé Ricardo e David caminharão juntos em 2018. Pode escrever, porque eles estão conversando muito neste sentido”, garante um deputado, que participa ativamente das costuras políticas para as eleições de 2018. 

 

Outro parlamentar, que também não quer ser identificado, reconhece “a construção de alternativas para 2018”, mas, preocupado com “as sensibilidades no meio político” acha melhor esperar a consolidação das “costuras em andamento” para poder fazer uma análise mais clara do quadro.

 

Acertados os detalhes e aparadas todas as arestas, Rebeca poderá ser indicada pelo grupo para disputar o comando do governo do estado ou uma vaga no Senado ou Câmara Federal, cargos que também poderão ser disputados por José Ricardo ou David Almeida, porque todos consideram-se com boas possibilidades de obter êxito.

 

Na eleição suplementar deste ano, vencida no segundo turno por Amazonino Mendes, a ex-deputada federal e superintendente da Suframa, Rebeca Garcia, conseguiu 268.922 votos ou 18,06% das opções válidas, enquanto o “fenômeno”, José Ricardo obteve 181.257 votos ou 12,17%.

 

José Ricardo, que herdou do ex-vereador e deputado federal Francisco Praciano o apelido de o “cara da Kombi”, não faz segredo da sua pretensão de disputar uma vaga para a Câmara Federal, porque acredita poder contribuir, em Brasília,  com ações de defesa dos interesses do Amazonas, mas deverá ser levado a submeter-se às determinações do seu partido, que quer vê-lo disputando o Governo.

 

Já David Almeida, na condição de governador interino, era considerado candidato natural à reeleição, mas acabou impedido pelo senador Omar Aziz, o cacique do PSD, a participar do pleito e acabou apoiando em cima da hora uma chapa encabeça por Rebeca, enquanto Omar optou por aliar-se a Amazonino, seu padrinho político.

 

Depois de sentir o “gostinho” de comandar o Governo e fazer em cinco meses da sua curta gestão o que muitos governadores não conseguiram realizar em anos de mandato, David Almeida quer uma nova chance para trabalhar e contribuir de forma mais significativa com a construção de soluções destinadas a promover o desenvolvimento sustentável do estado.