Amazonino deve encerrar carreira de forma desastrosa
Por Warnoldo Maia de Freitas
Eleito para arrumar a casa após a cassação de José Melo (PROS), o governador tampão do Amazonas, Amazonino Mendes (PDT), meteu os pés pelas mãos, se perdeu pelo caminho, não conseguiu a reeleição e deverá encerrar a sua carreira política de forma desastrosa, diante de uma crise sem precedentes na área da saúde.
Depois de gastar além da conta e autorizar mais de 600 obras e serviços sem a devida licitação para conquistar simpatias, a gestão Amazonino também está tirando o sono de muitos empresários que acreditaram na expertise do chefe do Executivo Amazonense e agora correm o risco de levar um grande calote na virada deste ano.
Diante da crise anunciada o governo deu uma de bobo, de “João sem braço”, anunciou uma dívida estimada de R$ 260 milhões e comunicou o problema aos médicos e dirigentes de empresas que prestam serviços para o estado e “acenou com a possibilidade de financiamento do passivo”.
Para alguns médicos, tal manobra faz parte de uma estratégia para sensibilizar os deputados e levá-los a autorizar o governo a remanejar dinheiro de outras rubricas e usar parte dos recursos do FTI e FMTES para cobrir o rombo provocado “pela falta de seriedade na aplicação dos recursos públicos”.
Há quem garanta, também, que o governador eleito Wilson Lima (PSC) vai ter que descascar um grande abacaxi no início do seu governo, porque vai herdar uma dívida de R$ 156 milhões do governo Amazonino Mendes com as empresas médicas, referente aos meses de outubro, novembro e dezembro deste ano, que provavelmente não será paga.
A situação é considerada caótica, também, entre empresários de outros setores que prestaram serviços à administração Amazonino Mendes, que gastou além da conta e já reconheceu que sem dispor de recursos suplementares não terá como “quitar nenhuma competência dentro deste exercício”.
Quer dizer, está se confirmando tudo aquilo que muitos parlamentares afirmaram insistentemente, destacando que o governo tampão de Amazonino Mendes “iria dar um calote nos fornecedores e deixar muita gente na mão, maculando, no último momento, um curriculum político vitorioso”.