Manaus, 20 de Abril de 2024

Recuo de Bolsonaro seria parte de um grande acordo, afirma jornalista

Acordo estaria sendo construído há três semanas e um dos seus objetivos seria evitar que o inquérito da fake news avance sobre Bolsonaro e seus filhos

Política | 10/09/2021 - 06:05
Foto: Foto - Alan Santos - PR

Rodrigo Pacheco, Jair Bolsonaro e Arthur Lira

 Acordo estaria sendo construído há três semanas e um dos seus objetivos seria evitar que o inquérito da fake news avance sobre Bolsonaro e seus filhos

   
Da redação

O recuo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), com um 'MEA-CULPA', dizendo que não teve a intenção de agredir outros poderes, divulgado na tarde de 09/09/2021, surpreendeu muita gente, particularmente parte dos seus apoiadores, que esperavam a adoção de medidas mais "severas". 

Mas, o jornalista Cláudio Dantas, do site o antagonista, afirma no artigo "Com Supremo, com tudo", publicado na noite da quinta-feira, 09/09, que o retrocesso "ajuda a restabelecer um acordo costurado com Ciro Nogueira (ministro-chefe da Casa Civil), Gilmar Mendes (ministro do STF),  Arthur Lira (presidente da Câmara dos Deputados) e Rodrigo Pacheco (Presidente do Senado)". Entretanto, ele alerta, que "o presidente é imprevisível".

Confira.

Claudio Dantas - 09.09.21 21:07

Recuo de Bolsonaro ajuda a restabelecer acordo costurado com Ciro Nogueira, Gilmar Mendes, Arthur Lira e Rodrigo Pacheco; mas presidente é imprevisível

A nota de recuo de Jair Bolsonaro, articulada por Michel Temer, deve ajudar a restabelecer um acordo que vinha sendo costurado há três semanas com Ciro Nogueira, Gilmar Mendes, Arthur Lira e Rodrigo Pacheco. 

Ele consiste na rejeição da ação que pede no Supremo a derrubada dos decretos das armas, uma nova regulamentação em torno da reserva Raposa Serra do Sol e a transferência do inquérito das fake news para Augusto Aras — evitando que ele avance sobre Jair Bolsonaro e seus filhos.

No plano legislativo, também está prevista a aprovação de uma PEC para restringir a atuação do Supremo a temas constitucionais (de difícil tramitação), a aprovação de um ICMS fixo e do Auxílio Brasil; além da solução para os precatórios (nas mãos do CNJ) e, claro, a aprovação do nome de André Mendonça para o STF.

Temer também teria apoio para se candidatar a deputado federal em 2022 e presidir a Câmara após o biênio de Lira.

Ninguém tem claro se esse acordo será cumprido na íntegra, considerando as questões complexas envolvidas e o próprio comportamento imprevisível de Bolsonaro. Os ataques dele ao STF no 7 de Setembro mostraram aos interlocutores envolvidos nesse acerto que o presidente só consegue governar para a militância e reage a ela quando pressionado.

Para acalmá-la, será preciso evitar novas medicas cautelares por parte de Moraes (também imprevisível) e incutir — à base de muita fake news — a ideia de que o presidente da República tem um plano mirabolante para implodir o sistema e libertar seu povo.
 
 
 
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