Manaus, 24 de Abril de 2024

Pazuello anuncia compra de dez usinas geradoras de oxig?nio para hospitais de Manaus

Ministro garante que Manaus vai ter prioridade na vacina??o, mas ressalta que imunizante vai ser distr?buido simultaneamente para todas as cidades

Cidade | 13/01/2021 - 16:05
Foto: Euzivaldo Queiroz/Especial MS

Ministro Eduardo Pazuello em Coletiva sobre a?es do Minist?rio da Sa?de no Amazonas

Ministro garante que Manaus vai ter prioridade na vacinação, mas ressalta que imunizante vai ser distríbuido simultaneamente para todas as cidades  

Da redação, com informações da Agência Brasil e Semcom

O ministro da saúde, Eduardo Pazuello, revelou na manhã desta quarta-feira, 13/01, em Manaus, que o governo federal está comprando dez miniusinas geradoras de oxigênio hospitalar, que deverão ser montadas em três dias, para atender a demanda da rede de saúde da capital do Amazonas, que vive "a crise do oxigênio".

Durante coletiva para falar sobre as ações que estão sendo implementadas pelo  Ministério da Saúde no Amazonas, para o fortalecimento do enfrentamento da Covid-19, Eduardo Pazuello afirmou, ainda, Manaus vai ter prioridade quando o imunizante for liberado, mas fez questão de ressaltar que todas as cidades vão receber a vacina de forma simultânea.

De acordo com o governador do Amazonas, Wilson Lima (PSC), a situação é crítica, porque a demanda por oxigênio hospitalar em estabelecimentos públicos de saúde do Amazonas superou, na terça-feira, 12, a média diária de consumo em mais de 11 vezes, agravando a situação nos hospitais - principalmente naqueles onde são atendidos pacientes com a covid-19.

“Consumimos, na rede pública estadual de saúde, uma média de 5 mil metros cúbicos. Só nessa terça-feira foram consumidos 58 mil metros cúbicos”, disse Lima ao acompanhar hoje mais cedo a chegada a Manaus de aviões da Força Aérea Brasileira (FAB) transportando seis enormes tanques de oxigênio, os chamados isotanques.

Produção

Pazuello disse, ainda, que em tempos normais, três empresas fornecedoras produziam, juntas, cerca de 28 mil metros cúbicos de oxigênio gasoso/dia. Já o consumo variava entre 15 mil e 17 mil metros cúbicos. Com a segunda onda da covid-19 no estado, a situação se inverteu. De acordo com o ministro, a demanda pelo produto pode já estar perto dos 70 mil metros cúbicos diários. 

Para piorar, na semana passada, a principal produtora, a White Martins, informou às autoridades que estava operando no limite de sua capacidade. Na ocasião, segundo o governo do estado, o consumo tinha quintuplicado. Principalmente devido ao aumento do número de leitos em hospitais.

“O estado começou a fazer sua logística dentro do que podia, mas não tem como vencer [sozinho] uma demanda deste tamanho”, declarou o ministro, alegando que a abertura de novos leitos hospitalares para dar conta do aumento do número de casos exigirá ainda mais oxigênio e outros insumos hospitalares.

Transporte

De acordo com o Ministério da Defesa, desde a última sexta-feira (8), aviões cargueiros modelo C-130 (Hércules) da FAB já transportaram 350 cilindros e seis isotanques de oxigênio de Belém (PA) para Manaus (AM). Outros 30 cilindros deverão ser entregues nos próximos dias.

Segundo o governo do Amazonas, somados, os cilindros e isotanques correspondem a 27 mil metros cúbicos – pouco para fazer frente à crescente demanda. Por isso, os governos estadual e federal vêm adotando outras medidas para abastecer os hospitais, como a proposta de comprar dez miniusinas de oxigênio e de requisitar o produto de outros fabricantes.

“Estamos trabalhando com o governo federal as estruturas para montagem de miniusinas de oxigênio. Elas devem ser montadas num prazo de uma semana, e vão suprir a necessidade de algumas unidades de saúde. Com isso, elas abrirão espaços para que não tenhamos problemas nas outras unidades e a empresa consiga fornecer tanto na capital quanto no interior”, destacou o governador Wilson Lima.

Esta manhã, o ministro Eduardo Pazuello disse que nenhuma medida, isolada, resolverá o problema. Após destacar a importância da população seguir as recomendações das autoridades de saúde, mantendo, por exemplo, o afastamento social, Pazuello apontou as dificuldades logísticas para fazer os cilindros e isotanques de oxigênio chegarem à região.

Divulgação/Centro de Comunicação Social da Aeronáutica
 
 
“O Hércules C-130 da FAB, um dos maiores cargueiros do mundo, é capaz de transportar o equivalente a 6 mil metros cúbicos [por viagem]. Um Boeing cargueiro pode transportar entre 200 e 300 cilindros de oxigênio gasoso, ou o equivalente a 3 mil metros cúbicos. Precisamos de 70 mil metros cúbicos diários. Por isso, além de uma ponte aérea, temos uma ponte fluvial [o transporte por rios]. E ainda precisamos ter uma ponte terrestre, com carretas”, alertou o ministro.
 
 
 
 
 
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